> Para ti

   Espero num gesto teu apenas, a razão de uma morte suave e desatenta... a teus pés. Libertar nos meus lábios um só murmúrio, que quero soprar perto do teu ouvido, ou um pouco mais abaixo. Indefeso, entrar em ti suavemente, num pensamento teu, um só que seja e tocá-lo, para voltar a esse momento que me deixou a flutuar desarmado, ao sabor da tua vontade. Separado entre dois mundos: num em que estás perto, mas não tanto quanto desejo; num outro em que arrisco tudo e te chamo com um gesto, mas que ao desviares o olhar, temo perder para sempre. Apenas espero não me render, e não ter pela metade tudo o que desejo teu.

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